Antiguidade da magia negra ou feitiçaria “A magia negra ou diabólica, ou simplesmente feitiçaria, consiste em um poder oculto, que permite ao mago obter efeitos superiores à eficiência dos meios realmente empregados” — define o Pe. Leonardo Azzolini S.J. (Pe. Leonardo AZZOLINI S.J., La Magia Secondo la Teologia Morale, col. 1832) A feitiçaria é encontrada em todas as culturas e em todas as épocas; apresenta-se sob aspectos diversos, mas sempre com característica em comum que é o recurso a fórmulas e rituais mágicos, cabalísticos, para curar doenças, prever coisas futuras, assegurar o sucesso de empreitadas, etc. Mais particularmente, a capacidade de de fazer o mal, de prejudicar outros. A magia estava tão difundida na Antigüidade, que consistia um perigo para o Povo Eleito, o qual era tentado a imitar vos vizinhos. A Bíblia ressalta essa prática no Egito. O livro do Êxodo (7, 11 ss), narra como, tendo Moisés e Arão feito prodígios diante do Faraó (transformação de uma vara em serpente e as águas do rio em sangue) os magos do Faraó, pela ação do demônio fizeram o mesmo. O livro de Isaías (47, l2ss) e o de Daniel (1, 20; 2, 2ss) mostram a importância da magia entre os babilônios. Também os gregos romanos nada faziam de importante sem antes consultar as pitonisas e os oráculos. Por isso Deus estabeleceu a mais severa das punições para quem recorresse a mágicos e advinhos, ou invocasse os espíritos: a pena de morte (Ex 22, 18; Lev 20,27; 19,26-31; 20,6; Deut 18, 9-14). Mesmo aio depois da Redenção tais práticas, infelizmente, não cessaram (cf. At 13, 6-10; 16, 16-18). Aliás o próprio Divino Mestre havia predito que se levantariam falsos profetas, os quais fariam prodígios e milagres que enganariam até os bons (Mt 24, 24). Nos primeiros tempos do Cristianismo os Padres da Igreja combateram muito a feitiçaria; e na Idade Média, os grandes Doutores - como João de Salisbury (1120-1180), São Tomás de Aquino (1225-1274) e São Boaventura (1221-1274), entre outros, continuaram o mesmo combate, estudando a fundo a feitiçaria. A época, entretanto, em que o problema se tornou mais vivo, foi o começo dos Tempos Modernos, em virtude da enorme decadência religiosa que se seguiu ao declinar da Idade Média, com a explosão de orgulho e sensualidade do Renascimento e, finalmente, a crise de revolta contra a Igreja, que deu no Protestantismo. De fato, sobretudo nos séculos XV ao XVII, inúmeros Papas e Concílios provinciais promulgaram documentos alertando contra a prática da feitiçaria. É nessa época que surge um dos documentos mais autorizados sobre a ação de bruxos e feiticeiras, a bula Summis desiderantes, do Papa Inocêncio VIII (1484-1492).
Antiguidade da magia negra ou feitiçaria
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segunda-feira, julho 22, 2013
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